DTR FASHION: A MODA E SEUS ESTEREÓTIPOS
Como um prenúncio do que estar
por vir no blog, o último desfile da marca avant-garde
francesa Vetements não poderia vir
em melhor hora. Pois, vem aí, mais uma série de entrevistas no blog na mesma
linha da última vez, só que agora abordando a temática: estilo + identidade.
Aguardem!
Pois bem, o que o desfile da Vetements tem a ver com as
entrevistas?! Tudo! E, vou dizer o porquê!
Já falamos sobre a marca aqui no
blog uma vez (vocês podem conferir aqui),
mas hoje não venho falar da marca em si, mas sim da escolha do casting e sua mensagem
transmitida em seu último desfile. Indo na contramão da semana de moda de alta costura de Paris, que encerra nessa sexta, a Vetements desfilou sua coleção menswear e womenswear Pre-Fall 2017/18
ontem em Paris com um casting cheio de estereótipos.
Das roupas em si, não se viu nada
de diferente do que já havia sido visto na Vetements.
No entanto, o que chamou a atenção mesmo foi o styling e, principalmente, o casting
dos modelos. Pois, a mensagem principal do
desfile era abordar os estereótipos de pessoas comuns que como eu e você se
vestem de uma maneira própria de acordo com o grupo social a qual estamos
inseridos.
E, lá estavam os estereótipos: da vovó elegante e do vovô
“formal”, do fazendeiro texano, do punk, da “típica” secretária, de um militar,
do gótico, do couch potato, exressão
em inglês que denomina aqueles que só vivem no sofá comendo, assistindo TV e
dormindo, e até o de uma senhora usando “Chanel”.
Ironias a parte.
Quando vi o desfile logo fiz uma
conexão com as entrevistas que estou fazendo a respeito de estilo + identidade. Nossa (pensei), quantos estereótipos para
tantas vertentes diferentes. Será que é assim que devemos nos definir? A gótica
“que só usa preto”, a fitness “que só usa roupa de academia”, a Tumblr girl, a hipster, e por aí vai.
Será
que nos resumimos a estereótipos? Generalizações feitas pela mente
coletiva, para definir um coletivo, classificá-lo e tentar encaixá-lo em um grupo,
tribo, vertente, ou o que quer que seja? Claro que possuímos traços em comum
com determinado grupo societário, mas devemos então nos comportar e se vestir
como eles para que sejamos aceitos no grupo ou isso acontece inconscientemente
e não demos conta?
Para começar, o que define um hipster, um gótico, uma beach girl ou um geek? O seu estilo de vida? Suas escolhas na hora de se vestir? Seu
comportamento? Talvez um pouco de tudo. Mas, daí me surge um questionamento: onde
se encaixaria o estilo e a autenticidade daquela pessoa que não se encaixa em
nenhum estereótipo?
O que é estilo para você, afinal
de contas? Qual a sua identidade? Onde se encontra a sua autenticidade em um
mundo cada vez mais “igual a todo mundo”? Já parou para pensar nisso?
Uma boa reflexão a todos. ;)
Fotos: Indigital
via vogue.com
Amei
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